Se você é casada há mais de um ano, já deve ter entendido que o casamento é um desafio, e quando juntamos a ele o dinheiro, a sensação que eu tenho é de que o desafio se multiplica.
Por que eu estou falando isso?
Toda semana chegam pessoas ao meu atendimento em busca de ajuda para melhorar a vida financeira no casamento, e de cada 10 pessoas, 8 são mulheres.
Por mais que possa parecer que não, a matemática é a parte mais fácil, porque é exata. Aplicando um método é possível resolver qualquer problema relacionado às finanças do casal.
Então você pode estar se perguntando: se é assim, por que alguns casais não conseguem sair do ciclo vicioso das dívidas ou dos problemas financeiros? Ou por que mesmo com uma renda acima de 5 mil, ou 30 mil reais por mês, não conseguem harmonizar a relação com o dinheiro?
A falta de organização financeira é um fator importante, mas existem outros aspectos que vem antes desse, como a falta do real conceito sobre o casamento, a falta de propósito na relação e a falta de diálogo para estabelecer regras claras.
Se pensarmos nos seres antes do casamento, entenderemos que cada um tem uma história de vida. Cada um foi educado de uma forma, viveu desafios e alegrias únicos que formaram o mapa individual financeiro.
Foram crescendo, e por não serem educados para pensar, não se perguntaram por que se está casando e para que serve o casamento, muito menos pensaram em como serão as regras desse contrato: quem vai administrar o dinheiro? quais são os planos desse negócio (família)? quais valores vão nortear as ações da equipe?
De repente as duas pessoas se juntam, cada um leva esse histórico para dentro da relação, e aí surgem a desconfiança, o medo de se expor e vários distúrbios, que podem culminar na infidelidade financeira, quando uma parte oculta do outro informações relacionadas às finanças individuais ou da família.
Eu costumo usar termos corporativos quando falo da família, porque é exatamente a mesma coisa que acontece: se antes de constituir uma sociedadeas partes não dizem de forma clara as regras que devem ser seguidas, é bem possível que terão problemas futuros, quando quiserem cobrar o que não foi acordado no início do contrato.
A boa notícia é que há saída para qualquer situação, desde que pelo menos uma das partes decida assumir a responsabilidade de fazer o que tem que ser feito, até que a outra parte se engaje.
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